Marketing e Consumidor 5.0: você e sua empresa estão preparados para essa nova era?
Recentemente o autor Philip Kotler lançou o livro Marketing 5.0 e, simultaneamente, foram divulgados novos estudos sobre os comportamentos do consumidor. É um novo período de transformação e adaptação que profissionais e empresas precisam se atualizar. Confira o artigo completo.
Para começar, vamos fazer um breve histórico do comportamento do consumidor nos últimos 30 anos:
Consumidor 1.0
Precisava se deslocar para um estabelecimento físico para comprar o que desejava. Era um processo simples de atendimento e venda. O consumidor era prático e direto, já que estava consumindo o produto para resolver um problema.
Consumidor 2.0
Nessa era já começam a aparecer os concorrentes. O consumidor passa a ser mais exigente e o processo de venda já sofre alterações (que envolvem apresentar mais os diferenciais). As empresas começam a segmentar o público para direcionar melhor os produtos a um público específico.
Consumidor 3.0
Na era da internet, a busca pelos produtos não ocorre apenas no físico. Os consumidores já começam a pesquisar mais no digital, o que gera maior autonomia para ele. O nível de exigência sobe e eles querem maior agilidade no atendimento.
Consumidor 4.0
A evolução digital empodera mais o cliente. A relação mais próxima entre marcas e clientes cria um conceito de comunidade e pertencimento. O consumidor demanda por mais personalização e atendimento humanizado.
Consumidor 5.0
A internet não é só mais um meio de pesquisa e sim de compra. O poder de decisão está relacionado à qualidade, valor agregado, boa experiência, atendimento e aproximação das marcas com o seu estilo de vida.
Esse consumidor faz tudo em seu smartphone a qualquer momento. Por isso, atendimento 24 horas e ser omnicanal são fundamentais para que ele compre de onde, como e a hora que quiser.
Aspectos importantes para atender esse consumidor:
- E-commerce funcionando corretamente 24 horas por dia;
- Divulgar produtos em marketplaces são importantes para oferecer o produto em outras plataformas;
- Opções de contatos em todas as redes sociais, chats e aplicativos de mensagens instantâneas.
- Nos sistemas de conversas, oferecer um autoatendimento rápido e eficaz que ajude o cliente fora do horário de atendimento convencional (automação por inteligência artificial).
- Cocriação (co-criation): clientes participam da concepção ou podem personalizar seus próprios produtos.
- Moeda (currency): otimização da rentabilidade ao cobrar de clientes de formas diferentes, conforme seu perfil de compra ou lei da oferta e demanda.
- Ativação comunitária (communal activation): disponibilizar produtos e serviços com outras pessoas. O Airbnb é um exemplo, pois permite conectar e compartilhar imóveis entre usuários.
- Conversa (conversation): oportunidade de falar e ser ouvido através de avaliações e pesquisas.
- Prós: economia digital e criação de riquezas, big data e aprendizagem contínua, melhoria do bem-estar e extensão de vida, sustentabilidade e inclusão social.
- Contras: automação e perda do emprego, confiança e medo do desconhecido, preocupações com privacidade e segurança, vida digital e os efeitos colaterais comportamentais.
- Data driven marketing (marketing baseado em dados): extrair e analisar os dados dos consumidores para segmentá-los e definir melhores estratégias. Exemplos de dados: lucro e segmentação de público, mapeamento da jornada do cliente, análise do conteúdo e hábitos. Esses dados poderão ser extraídos de redes sociais e site, sistemas internos de CRM, entre outros.
- Predictive marketing (marketing preditivo): junção da gestão do cliente, do produto e da marca. Do ponto de vista do cliente existem oportunidades de entender o que pode agregar na receita (up e cross-selling) e detecção de cancelamentos (churn), por exemplo. Em produtos atuar sob a personalização para cada cliente, prever a probabilidade do sucesso de um lançamento ou até mesmo recomendar produtos do portfólio conforme preferências do consumidor. Na gestão da marca prever campanhas assertivas, qual conteúdo terá maior engajamento, são outros exemplos.
- Contextual marketing (marketing contextual): a inteligência artificial auxilia a entender, aprender e identificar os estímulos sensoriais dos clientes para personalizar mais o contato entre marca e consumidor. Exemplo: identificar a pessoa certa, perfil correto, lugar certo, momento certo, humor certo para uma experiência correta, mídia certa, promoção certa, produto certo e mensagem correta.
- Augmented marketing (marketing aumentado): funil de vendas capturando clientes potenciais em conversas por chatbot. Mas, a intenção não é ser vendedor e sim um consultor. Para isso, apresenta conteúdo educacional e depois, com a força de vendas, converte para um cliente e uma negociação final.
- Agile marketing (marketing ágil): trabalhar com análises em tempo real, com times descentralizados, plataforma de produto flexível, experimentação rápida e ser aberto à inovação.
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